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Ferritina: entenda o que é, seus níveis e por que ela é crucial para sua saúde 🩸

  • Foto do escritor: Erica Paiva
    Erica Paiva
  • 27 de ago.
  • 4 min de leitura

Descubra tudo sobre a ferritina, a proteína que armazena Ferro no seu corpo. Saiba o que significam níveis altos ou baixos e como isso afeta sua saúde. Essencial para entender sua energia e bem-estar!

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Você já ouviu falar em ferritina? Embora o Ferro seja um mineral muito conhecido, a ferritina, a proteína responsável por armazená-lo em nosso corpo, nem sempre recebe a atenção que merece. Ela é um indicador fundamental da sua reserva de Ferro e pode revelar muito sobre sua saúde geral, desde o seu nível de energia até a saúde dos seus órgãos.


Neste post, vamos mergulhar no mundo da ferritina para você entender o que ela é, por que é tão importante e o que significam seus níveis no exame de sangue.


O que é ferritina e qual sua função?


Pense na ferritina como o "cofre" do seu corpo para o Ferro. O Ferro é um mineral vital, essencial para a produção de hemoglobina (a proteína nos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio para todas as células), para o funcionamento do sistema imunológico, a produção de energia e até mesmo para a função cerebral.


A ferritina é uma proteína que encapsula e armazena o Ferro de forma segura, evitando que ele se torne tóxico e garantindo que haja uma reserva disponível quando o corpo precisar. Ela está presente em várias células do corpo, especialmente no fígado, baço e medula óssea.


Quando você faz um exame de sangue para verificar os níveis de Ferro, a dosagem de ferritina é um dos indicadores mais precisos das suas reservas de Ferro.


Quais são os níveis normais de ferritina?


Os valores de referência para a ferritina podem variar ligeiramente entre laboratórios, mas, de forma geral, os níveis considerados normais para adultos são:


  • Homens: 30 a 400 ng/mL

  • Mulheres (não grávidas): 20 a 300 ng/mL


É importante notar que esses valores são guias e a interpretação deve ser sempre feita por um médico, considerando seu histórico de saúde completo.


Ferritina baixa: o alerta para a deficiência de Ferro 📉


A ferritina baixa indica que suas reservas de Ferro estão diminuindo ou já estão esgotadas. Esta é a primeira etapa para o desenvolvimento da deficiência de Ferro, que pode evoluir para a anemia ferropriva se não for tratada.


Causas comuns de ferritina baixa:


  • Ingestão insuficiente de Ferro: Dieta pobre em alimentos ricos em Ferro.

  • Perda de sangue crônica: Menstruação intensa, sangramentos gastrointestinais (úlceras, hemorroidas), doação de sangue frequente.

  • Má absorção de Ferro: Doença celíaca, Doença de Crohn, cirurgia bariátrica.

  • Aumento da necessidade de Ferro: Gravidez, crescimento rápido em crianças e adolescentes.


Sintomas de ferritina baixa (e anemia):

  • Fadiga e cansaço extremo

  • Palidez

  • Falta de ar

  • Tontura

  • Unhas quebradiças e cabelos fracos

  • Dificuldade de concentração

  • Síndrome das pernas inquietas

  • Imunidade baixa

Se você suspeita de ferritina baixa, um profissional de saúde poderá investigar a causa e recomendar a suplementação de Ferro ou ajustes na dieta.


Ferritina alta: um sinal de alerta diferente 📈


Enquanto a ferritina baixa é um problema comum, a ferritina alta também merece atenção. Níveis elevados de ferritina podem indicar excesso de Ferro no corpo (hemocromatose) ou serem um marcador de inflamação.


Causas comuns de ferritina alta:


  • Inflamação ou infecção: A ferritina é uma proteína de fase aguda, o que significa que seus níveis podem aumentar em resposta a processos inflamatórios no corpo (artrite, infecções crônicas, doenças autoimunes).

  • Hemocromatose hereditária: Uma condição genética em que o corpo absorve e armazena muito Ferro, levando ao acúmulo excessivo que pode danificar órgãos como fígado, coração e pâncreas.

  • Doença hepática: Problemas no fígado (hepatite, doença hepática alcoólica, esteatose hepática) podem levar à liberação de ferritina na corrente sanguínea.

  • Síndrome metabólica: Obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão podem estar associadas a níveis elevados de ferritina.

  • Alcoolismo crônico: O consumo excessivo de álcool pode sobrecarregar o fígado e aumentar a ferritina.

  • Transfusões de sangue frequentes: Pessoas que recebem muitas transfusões podem acumular Ferro.


Sintomas de ferritina alta (em casos de sobrecarga de Ferro):


Os sintomas podem ser vagos e inespecíficos, manifestando-se apenas quando o acúmulo de Ferro já está avançado. Podem incluir:

  • Fadiga

  • Dor nas articulações

  • Dor abdominal

  • Perda de libido

  • Escurecimento da pele (em casos avançados)

  • Problemas cardíacos ou hepáticos (em casos muito avançados)

É crucial que níveis elevados de ferritina sejam investigados por um médico para identificar a causa subjacente e iniciar o tratamento adequado, se necessário, para prevenir danos aos órgãos.


Como a ferritina é testada?


O nível de ferritina é medido através de um exame de sangue simples. Geralmente, não é necessário jejum para este exame, mas sempre siga as orientações do seu médico ou laboratório. É um exame de rotina que pode ser solicitado juntamente com outros testes de Ferro, como Ferro sérico e capacidade total de ligação do Ferro (TIBC).


O que fazer se seus níveis de ferritina estiverem anormais?


Se o seu exame de ferritina apresentar resultados fora da faixa normal, o primeiro e mais importante passo é consultar um médico. Não tente se autodiagnosticar ou se automedicar. O profissional de saúde irá:

  1. Analisar seus sintomas e histórico médico.

  2. Pedir exames adicionais para confirmar o diagnóstico e investigar a causa (por exemplo, testes genéticos para hemocromatose, exames de função hepática, endoscopia para sangramentos).

  3. Indicar o tratamento apropriado:

    • Para ferritina baixa: Suplementação de Ferro, ajustes na dieta, tratamento da causa subjacente da perda ou má absorção de Ferro.

    • Para ferritina alta: Flebotomia (retirada de sangue para reduzir o excesso de Ferro), medicação quelante de Ferro, tratamento da doença inflamatória ou hepática subjacente, mudanças no estilo de vida.


Conclusão: monitore sua ferritina para uma vida mais saudável!


A ferritina é muito mais do que apenas um número em um exame de sangue; ela é um reflexo crucial das suas reservas de Ferro e um indicador valioso da sua saúde geral. Monitorar seus níveis de ferritina e entender o que eles significam pode ser a chave para identificar e tratar condições de saúde antes que se tornem mais sérias.

Converse sempre com seu médico sobre seus exames e tire suas dúvidas. Sua saúde agradece!


Nota: As informações contidas neste post são apenas para fins informativos e educacionais e não substituem o aconselhamento médico profissional. Sempre procure a orientação de um médico qualificado para qualquer dúvida ou preocupação relacionada à sua saúde.

 
 
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